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janeiro 15, 2011

QUARTO TEMA – ÓCIO CRIATIVO


Ócio é não fazer nada. Tempo de que se pode dispor. Descanso. Repouso… Em última análise, ócio é preguiça e vadiagem.
E se o Ócio for Criativo? Se o Ócio for uma componente da produtividade? Trabalho, estudo, jogo. Três elementos essenciais para a produtividade. Evitar a mecanização. Os horários fixos. A estupidificação laboral. Dar “alma” ao trabalho. Dispor do tempo. Trabalhar por vontade e não por obrigação. Adaptação à sociedade post-industrial. Valor acrescentado.
Você é a Favor ou Contra? Será utopia ou progresso? Dê a sua opinião. Defenda a sua tese e no fim do comentário escreva se é a Favor, Contra ou Indiferente.

24 comentários:

Mariana Vargas disse...

Me pergunto se o ''ócio'' que você fala Eduardo não tornaria
os indivíduos cada vez mais individuais ( se é que isso é possível )...
A tecnologia já nos priva do contato com o outro,
então "isolar" mais seria perigoso.

Por outro lado é no ócio que mentes brilhantes emergem, surgem trabalhos incríveis!
A música, literatura poética e prosaica, pinuras, entre outros dependem do
"não estar fazendo nada" para serem pensadas, imaginadas, criadas!

Ainda estou refletindo. Aguardarei comentários, pois ai poderei me posicionar melhor!

Abraços agulhados da extraterrestre aqui!

Anônimo disse...

Mariana,

o Jorge e eu escolhemos um tema bem AMENO para contrabalançar os anteriores...
Ócio Criativo é a tese do Professor Domenico Demasi, que muita gente conhece! Para quem nunca ouviu falar vão aqui algumas informações:

Domenico De Masi nasceu em Rotello, na província de Campobasso, no sul da Itália, no dia 1 de fevereiro de de 1938.

Residiu em 3 cidades italianas: Nápoles, Milão e Roma. Aos dezenove anos já escrevia para a revista Nord e Sud artigos de Sociologia Urbana e do Trabalho. Aos vinte e dois anos lecionava na Universidade de Nápoles.

Mais recentemente assumiu o posto de professor de Sociologia do Trabalho na Universidade La Sapienza de Roma, além de ser diretor da S3 Studium, escola de especialização em ciências organizacionais que fundou.

Escreveu diversos livros, alguns deles tidos como revolucionários, entre eles se destacam: "Desenvolvimento Sem Trabalho", "A Emoção e a Regra", "O Ócio Criativo" e "O Futuro do Trabalho".


Eu, pessoalmente, acredito TOTALMENTE na tese! O ÓCIO CRIATIVO é fundamental, na vida produtiva das pessoas! Aliás, hoje em dia pratico o ócio 24 horas por dia! E com muito bons resultados!

Vamos acompanhar o que os outros pensam a respeito!

Mariana Vargas disse...

Conheço a obra " A Emoção e a Regra " de Domenico.
Também acredito na tese sobre o ócio, porém tenho algumas dúvidas...
Que é essencial não discordo jamais, pelo contrario,
mas existem pontos que precisam ser analisados...

Até porque querido Eduardo, podemos ser ociosos em grupo!
Não é necessariamente um comportamento individual...

Abraços e sim, vamos acompanhar os outros comentários...

Jorge Pinheiro disse...

Não será o ócio, mesmo o criativo, um privilégio de ricos? Como poderá uma sociedade existir apenas de ócio criativo? Não será apenas para uma elite? Mesmo supondo que essas elite se alargava, não seria necessário o trabalho mecanizado?
Será ócio criativo uma mera utopia?
Ou um processo de organização do trabalho, como defende o autor referido?

james emanuel de albuquerque disse...

“As instituições acadêmicas, por mais úteis que sejam, não são os guardiões adequados dos interesses da civilização num mundo em que todos os que vivem fora de seus limites estão ocupados demais para dar atenção a atividades não-utilitárias.

Num mundo em que ninguém tenha de trabalhar mais do que quatro horas diárias, todas as pessoas poderão saciar a curiosidade científica que carregam dentro de si e todo pintor poderá pintar seus quadros, sem passar por privações, independente da qualidade de sua arte”.

Bertrand Russell
Em
O Elogio ao Ócio.
(Década de 1930)

Concordo plenamente.

Um abraço.

Caca disse...

Depois que trabalhei quase trinta anos como empregado de vários patrões, sendo que o último foi por 22 anos consecutivos, SOU A FAVOR E DEFENSOR. Minha tese atual sobre o ócio criativo é a do Confúcio:
"Arrume um trabalho que lhe dê prazer, e você nunca terá que trabalhar na vida". (Confúcio).

Abraços, paz e bem.

Fatima Cristina disse...

Olá Todos!
Gostei do tema.
Ócio...

Será que realmente fazemos "nada" quando estamos no ócio?
Pelo contrário. O ócio nos permite ter tempo para nós mesmos. Para tudo aquilo que o nosso sub-consciente emprurra para depois. por causa da falta de tempo ou excesso de trabalho ou a soma dos dois.

Há, contudo, aqueles que vivem ociosamente num ócio eterno, sem tirar nenhum proveito dele. Para esses mando os meus pêsames...

Acredito que o ócio criativo nos possibilita ter ideias novas e interessantes para realizar "coisas" depois que a mente volta de uma parada. Isto é, depois que ficamos tempo suficiente em descanso do trabalho, gozando de um ócio merecido e recuperando as nossas energias para a próxima batalha da vida...

O ócio frequente é necessário.
O ócio contínuo nao mostra sua obra...

Viva o ócio!
agora preciso voltar a trabalhar.

Beijos!

conduarte disse...

Viche! Que difícil.
Ócio criativo, vem depois do Ócio que pode ser grave.

Na favela o Ócio pode fazer um cara ser traficante, um cara meio maluco, ensina o filho a manusear uma arma, enquanto a "parada" tá calma.

Um "rico", pode ficar na boa, sem fazer nada. Enquanto isso, ele pinta e borda, cria e muitas vezes tem a grande chance de se tornar famoso. Ou ele é um nulo, um nada! também acontece.

Uns gostariam de ter mais tempo para fazer o que gosta, mas é difícil, falta tempo, dinheiro, um lugar calmo, e muito mais.

A verdade é que tem muita gente sem fazer nada. Nem sempre por querer ou poder...

Muita gente sem aproveitar seu tempo. Nem criam nada, nem fazem uma doação de si mesmo.

Ah, feliz de quem é rico em aproveitar o seu tempo, seja ele nas horas vagas, seja ele nas horas importantes de trabalho e suas ramificações.

Legal mesmo é ser gente que tenha sensibilidade para fazer algo de bom, de interessante, proveitoso.

Hummmmmmmm o ócio para mim, me parece perigoso, acomodado. Não gosto.

Maior exemplo de quem aproveita a vida, o seu tempo para fazer algo de bom, é Bill Gates e sua mulher. Esses caras aproveitam o tempo com
inteligência, e dinheiro não lhes falta. Nesse caso é maravilhoso.

Sou a favor.

ricardo GAROPABA blauth disse...

ÓCIO CRIATIVO

Fui desafiado a me posicionar sobre o assunto. Fiquei surpreso, pois todos meus últimos vinte anos mostram sem sombra de duvida qual é minha resposta. Descobri então que queriam uma posição escrita para postar no blog “CONTRA OU A FAVOR” do Eduardo - “Varal de Idéias”. Ai vai então. Sou francamente favorável ao ócio criativo. Não foram poucas as vezes que frente a uma duvida de como prosseguir num projeto em curso, no momento da “travada” criativa, simplesmente larguei tudo e fui me ocupar de outra coisa ou de nada. Bingo. A solução, fruto do meu querer apareceu naturalmente no momento oportuno. Um dos exemplos concretos que posso dar de como a ansiedade, o stress, a “urgência” auto imposta podem travar, é das mulheres que desesperadas fazem de tudo para engravidar. Exames, testes, em si próprio e no companheiro e ....nada. Por fim desistem e encontram na adoção a solução para o filho esperado. Todos os casos que conheço de mulheres que procederam assim, ficaram grávidas naturalmente depois disto. Relaxadas, sem mais a pressão a si próprio impostas, o organismo encontrou o caminho que antes estava “fechado”. O ócio criativo é altamente benéfico e produtivo. Palavra de quem o executa a décadas para viver “fazendo artes” e agora colocando em palavras tudo que lhe “passa pela cabeça”. Para quem escrevo ? Responda você. Eu acredito estar ociosamente realizando meu querer. Sem stress, com prazer. Vivendo saberes e sabores.

RICARDO garopaba BLAUTH

Jorge Pinheiro disse...

Grande texto Ricardo. Posso testemunhar que assim é consigo. Abraço forte.

RICARDO GAROPABA BLAUTH disse...

ali AMIGO JORGE

MESMO DO OUTRO LADO DO MAR É BOM OUVIR SUA VOZ APOIANDO ESTE "SONHADOR'

ricardo GAROPABA

Anônimo disse...

Vamos começar a aprofundar este debate, que apesar de estar muito no início, esta frio e pouco concorrido!
Ócio criativo não pode nem deve ser CONFUNDIDO com "vagabundagem". O termo foi criado pelo Demasi, tratando de política de trabalho. Estamos falando do ÓCIO na sua mais estreita relação com PRODUTIVIDADE e TRABALHO. Nada de malandragem, preguiça e que tais! É nesse sentido NOBRE da palavra que se situa a tese do Demasi! Sou ABSOLUTAMENTE A FAVOR!

Jorge Pinheiro disse...

O conceito de Demasi está integrado numa filosofia de trabalho muito específica. Ele defende o ócio como forma de dar maior produtividade ao trabalho, de o tornar mais eficaz, mais compensador. De sermos mais felizes e mais produtivos, como consequência. A lógica é a mesma de Confúcio, já aqui citado, mas induzido de forma "científica" em termos de organização do trabalho.
O conceito não é deixar de trabalhar na velha rotina e passar a trabalhar em algo que nos agrade. O conceito é introduzir na velha rotina o ócio criativo. As empresas mandarem parar para pensar. Parar para curtir... Enviar os trabalhadores mecânicos para a praia... para o campo... apanhar caracóis... sei lá. É esse o conceito. Não é dedicar-nos ao que nos apetece depois de uma vida de trabalho. Creio que vai aí alguma confusão de conceitos. Ou estarei errado?

Anônimo disse...

Esta certíssimo! Pelo menos na minha opinião! É bem por aí!

Fatima Cristina disse...

É isso Jorge.
Para quem quiser ler mais sobre a proposta do De Masi na Internet. Aí vai um link onde publicaram uma entrevista com ele:

http://www.mariopersona.com.br/domenico.html

daga disse...

Realmente este tema é bem mais AMENO do que os anteriores, mais fácil (na minha opinião) Sou absolutamente A FAVOR, pois sem esse ócio específico nada se consegue, nada se cria, não há tempo nem disposição!
É preciso paz para se poder reflectir, inventar, inovar. Quando se anda num "stress" permanente, numa aflição de horários, nada se produz.

Anônimo disse...

Este club tem muito a ver com o nosso tema:

http://clubedenadismo.com.br/

Foi enviado pelo PERI.S.C

Mar de Bem disse...

Preciso de não fazer nada para poder pensar no que quero fazer. Se a vida está ocupada, como posso escolher e criar o que fazer?
Quero não ter nada p'ra fazer, p'ra poder ter coisas p'ra fazer...

Ah, pois é, eu quero é nada!!! O nada é tudo!!!

Sou A FAVOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mariana Vargas disse...

Eu sou a favor.
Completamente. E concordo com a Mar e Bem.
Além disso, meus posts só prestam quando estou atoa mesmo...

rsrsrsrs abraços da extraterrestre aqui!

Jorge Pinheiro disse...

Obviamente a FAVOR.
Trabalhei 30 anos numa grande empresas de telecomunicações. As funções que tive foram diversificadas e nunca foram maquinais ou repetitivas. Quando muito foram ingratas e de grande responsabilidade. Os horários eram variáveis em função do trabalho. Tanto podia entra às 9h e sair às 17h, como entrar às 9h e dormir no trabalho. O trabalho exigia muito e era, normalmente, um trabalho inteligente. No entanto, nunca havia paragens PROGRAMADAS para "ócio criativo". Era eu que, por minha alta recreação, parava para pensar ou exercia hobies pessoais para descontair. A empresa nunca o fez. E mesmo se pensarmos nos torneios de ténis ou de golf que eram desenvolvidos para a Alta Gestão,não ceio que os conceitos de De Masi estivessem presentes.
Agora que sai da empresa, faço só o que me apetece. Consigo, por enquanto, fazer só isso. O que faço não é remunerado, ou só o é residualmente. Escrevo, toco, entro nos blogues, faço fotografia, pinto, faço escultura, como, bebo e tento dormir... Isto é, estou no mundo do hedonismo. Agora posso defender o "ócio criativo" e apostar nele para ter maior criatividade no que faço. Mas poderia eu ter feito isso na empresa? Seria possível desenvolver esse conceito numa empresa de 20 mil pessoas? Como? Sendo um conceito válido e com resultados teóricos evidentes, pode ele ser empregue no mundo do trabalho normal, ou não passa de uma diletância conceptualmente correcta? Infelizmente penso estarmos no reino da utopia.

Anne Lieri disse...

Eu sou a favor e acho que seria muito mais produtivo se todos trabalhassem assim.Empresas que permitem que o cara faça seu serviço em casa,nos horários que lhe forem mais convenientes,tem uma produção muito mais criativa e melhor.É o caso do Bill Gates.Ele permite esse tipo de escolha e quando a pessoa tem liberdade ela realiza tudo com prazer e melhor!Essa é minha humilde opinião,se compreendi bem o sentido da discussão.Bjs,

Fátima Santos disse...

num destes dias, estive em confer~encia de doutos matemáticos, sumidades
e do que foi dito (para além daqueles magníficos subir e descer sem saber de onde e para onde do Asher, desmontados em equações: belíssimas não fossem herméticas para quase todos) para além disso, ficou aquele dito, súplica, necessidade de lugares onde se pudessem os sábios (o orador não disse) criar na serenidade de um lugar belo (isto ele disse e redisse e deu exemplos de locais aonde se fizeram primores da arte da fazer ciência)
agora que me provocam com este tema da "preguiça" vem ao de cima este niquinho da conferência: ao de cima no meu ser pessoa que primou uma vida inteira pelo direito ao tempo de não fazer nada como tempo de vida
e nem é tempo de preguiça, que essa é desperdício do tempo que é tão curto (como passa rápido o tempo de uma vida inteira!)
o que defendo é o direito á arte à criatividade que não se compadece com horários, nem com trãnsito, nem com elevadores e degraus ou tachos ao lume
criar é estar no lado de lá de tudo, no lado de la´onde está o mundo dessa realidade que surge num desenho, numa carta, num verso num golpe de martelo, num clique outro que seja inventar o novo com linhas e dedais ou com discursos
e nada disto se compadece com estar atento a afazeres
o que defendo, e será utópico,é que possa esta coisa a que chamam sociedade ser de outra maneira de modo que não tenha a gente que foçar para TER o que é desnecessário e antes possa subsstir de modo que o tempo dedicadao a cada tarefa, por cada um da gente, seja semear o grão ou transfomá-lo em pão, seja criativo e seja coordenado com outros modos de cada um dar do seu ser pessoa e eu nisso entendo que só o é quem deita para o mundo aquilo que tem em si de novo e belo e diferente
(eu não creio em loucos, nem em assassinos, homens maus...mas tão só em gente que não tem aonde dar ao mundo o fluxo de criatividade que dearrama a eito...outro tema seria este!)
diria mais, mas calo-me e aguardo

Jorge Pinheiro disse...

Uma utopia maravilhosa. Tomara que fosse possível.

peri s.c. disse...

Como já disse nossa famosa ex-prefeita - muito melhor como sexóloga que como política - " Relaxa e goza" .
Esquecendo o contexto onde proferiu essa frase faltaria ela complementar : se suas contas estiverem pagas, eh, eh .